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CRÍTICA | Em meio à solidão, Meu Pior Vizinho valoriza conexões humanas

CRÍTICA | Em meio à solidão, Meu Pior Vizinho valoriza conexões humanas

Dirigido por Lee Woo Chul, o filme coreano Meu Pior Vizinho chega aos cinemas do Brasil com distribuição da Sato Company. Nesta comédia romântica envolvente, um músico e uma designer vivem separadosp or uma parede finíssima, mas os incômodos ruídos um do outro acabam se transformando na conexão humana que faltava para encontrar a felicidade em suas vidas solitárias. 

Embora seja inspirado no longa francês Blind Date, de Clovis Cornillac, a versão de Lee é bastante original, desde a personalidade dos personagens aos seus problemas pessoais. A trama acompanha o músico Lee Seung Jin, que vive assombrado por um erro do passado e está trabalhando duro para realizar o sonho de se tornar um artista de sucesso. Ele acabou de se mudar para um apartamento em péssimas condições, mas as coisas só pioram quando o choro da vizinha tira seu sono. 

Ela é Hong Rani, uma designer reclusa que está passando por um momento complicado em sua vida profissional e pessoal, convivendo com ataques de pânico frequentes - e suas crises emocionais acabam causando um conflito com o novo vizinho. No entanto, conforme aprendem a conviver com o barulho alheio, passam a se interessar pela rotina um do outro e, mesmo sem se ver, criam uma conexão profunda através da fina parede que os separa. 

CRÍTICA | Em meio à solidão, Meu Pior Vizinho valoriza conexões humanas

Parede, essa, que é uma metáfora para a solidão humana, cada vez mais frequente na sociedade moderna e individualista - como na Coreia do Sul. O filme tem como objetivo mostrar que as conexões humanas podem nascer nos lugares mais improváveis. A cada conversa, os protagonistas se sentem mais próximos um do outro e de si mesmos, vendo a própria vida com outra perspectiva rumo à felicidade. 

O filme tem um ritmo crescente que prende a atenção do espectador, curioso pelo desfecho: inicialmente, a ideia de ver os personagens sempre separados pela parede parece cansativa, mas o diretor Lee Woo Chul consegue captar suas vidas solitárias com um verdadeiro magnestismo. Em vez de entediar o espectador, a distância entre os protagonistas ajuda a construir o clima de romance ao melhor estilo slow burn, sem precisarem sequer saber seus nomes ou rostos para se apaixonarem.  


"Mesmo que os seus sonhos não se realizem, colocar todo o seu coração em alguma coisa é o suficiente."

Os atores também merecem o crédito por suas performances: Han Seung Yeon, integrante do grupo de k-pop KARA que já cativou o mundo com sua atuação no k-drama de sucesso Hello, My Twenties! (2016) dá tudo de si como Rani, que vive com as emoções à flor da pele - e todas elas são perfeitamente interpretadas pela atriz, da mais pura alegria ao choro sincero.

Lee Ji Hoon, conhecido por River Where the Moon Rises (2021), também cativa o público com a sinceridade com a qual vive Seungjin e seus dilemas. Como casal, entregam química do início ao fim, mesmo sem estarem no mesmo ambiente. 

Meu Pior Vizinho é um filme satisfatório para os fãs das mais doces comédias românticas coreanas.

Nota final: ★★★★½ 
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